Um empregador tem custo "X" para manter um empregado. O neoliberal diz que, se reduzir esse custo pela metade, retirando do empregado certos direitos, o empregador poderá contratar dois empregados pelo custo de um e então dobrará o número de oferta de emprego.
Acontece que um empregado já fornece ao empregador a mão de obra que ele necessita para manter sua produção. Mas, se não há mercado para escoar sua produção, o empregador não tem porque dobrá-la, dobrando o número de empregados. Assim, o dinheiro que ele economiza ao ter reduzido o custo para manter um empregado não será revertido na criação de outra vaga de trabalho. Irá para seu bolso, aumentando seu lucro. E só.
Quer mais? Se o empregado tem seus ganhos reduzidos com reformas que retiram direitos, reduz-se também seu poder aquisitivo. Ou seja, o empregado passa a consumir menos. A redução no consumo reduz a produção. A redução na produção acarreta perda de empregos, já que o empregador passa a vender menos. Assim, a redução de direitos trabalhistas, a médio e longo prazos, ocasionará aumento do desemprego. A margem de lucro do empregador, no entanto, permanecerá assegurada pelo Estado, uma vez que o Estado diminuiu seus custos de produção.
Essa foi a reforma trabalhista promovida pelo Temer. E essa é a linha defendida pelo presidente Bolsonaro e a política econômica do Paulo Guedes. Você quer isso em 2022?
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